Há dias em que não tenho pachorra para escrever e em que me distraio com as pérolas que encontro no iutúbaro. Hoje estou numa de Counting Crows. Esta canção, muito melhor nesta versão acústica que nas versões eléctricas, sempre me soou diferente estando longe de "casa".
segunda-feira, dezembro 10, 2007
quarta-feira, novembro 14, 2007
terça-feira, novembro 13, 2007
segunda-feira, novembro 12, 2007
Blogger é uma merda
Frio
Ficam o Louis Armstrong e a Velma Middleton, para aquecer.
quinta-feira, novembro 08, 2007
quarta-feira, novembro 07, 2007
sexta-feira, novembro 02, 2007
segunda-feira, outubro 29, 2007
Matrecos versão inglesa
Placa interessante em Leeds
Who's Our Role Model? | The Onion - America's Finest News Source
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domingo, outubro 28, 2007
sexta-feira, outubro 05, 2007
Leeds, Tadcaster e romãs
Ora portantos, trabalho então numa bela fábrica de cerveja, que em inglês se traduz por Brewery, nunca beer factory. Em português de emigrante seria, então, bruaria. A bruaria em que trabalho fica em Tadcaster. E, perguntam as pessoas que lêm este blog, que raio de terra é essa? E eu respondo: Tadcaster seria o sítio onde, se se fizesse um clister ao Reino Unido, seria inserida a cânula. A demografia diz tudo: 6000 pessoas, 3 bruarias. Uma minha, outra tua, perdão, da Coors (uns dos maiores, fazem a Carling, por exemplo) e outra de quem a apanhar, o que, é como quem diz, da Samuel (Sam, para os amigos) Smith. Conta a história que o John Smith (que dá o nome à minha fábrica) tinha uma bruaria; quis uma maior; comprou um terreno do outro lado da rua; vendeu a bruaria antiga ao sobrinho, Samuel (não sou amigo) Smith. e vai daí, durante 200 anos não aconteceu nada e nos últimos anos a John Smith's passou a pertencer a uma grande empresa (a MELHOR) e a Sam (não é por amizade, é por preguiça) Smith continuou super pequena e é, agora, posse dum tipo muito excentrico. Agora vou fazer um parágrafo porque está a faltar.
O dono da bruaria Sam Smith é um tipo que é dono de quase toda Tadcaster e que não deixa desenvolver o sítio porque se acha poderoso. A cerveja dele é à moda antiga, não há cá grande escala. Nos pubs dele não há marcas, compra tudo genérico e vende sob a marca dele. Não há cá paneleirices! Antes de aqui ser proibido fumar nos estabelecimentos (i.e. chegada da civilização, em Julho deste ano), já era proibido chupar os irritantes palitos de tabaco em qualquer pub dele, que isso de andar para aí a mamar objectos cilindricos não é coisa de homens!
Isto, entretanto, leva-me ao que é ser um Yorkshireman, algo perfeitamente ilustrado pela publicidade à John Smith's e pelo sketch do At Last The 1948 Show, revisto pelos Monty Python, chamado The 4 Yorkshiremen. A expressão chave é, de resto, "No Nonsense", que é como quem diz, "Queres paneleirices, vai lá para San Francisco". Acrescenta-se um sotaque complicado de perceber, em que os H não são aspirados: "Bloody 'ell"; "'ello"; e outros que tais...
Leeds é uma cidade bem melhor do que a idea que tinha dela, o que, sinceramente, não era difícil. Tem mais do que uma universidade, o que lhe traz um colorido interessante e me faz sentir contente pois implica que há aqui milhares de pessoas que ganham menos do que eu! A zona central, a 5 minutos do meu belo fláte, tem um movimento impressionante, pelo menos quando as lojas estão abertas e, principalmente, ao sábado parece um formigueiro depois de se urinar lá para dentro (sim, eu sei que é uma bela imagem), já que dá a impressão de que toda a população do RU se lembrou de fazer compras em Leeds ao mesmo tempo e todos se atropelam pela principal rua comercial, a Briggate. ~
Eu moro numa zona a Sul do centro, atravessando o rio, mesmo junto a uma bruaria da concorrencia, para a qual faço questão de cuspir todos os dias. Para dar interesse a uma zona meia yuppie, encontraram um cadáver morto (é o meu pleonasmo preferido a seguir a cabeleireiro gay) há duas semanas flutuar no belo do rio, mesmo à saída do meu condomínio. Houve mergulhadores, CSIs e fitinhas amarelas a pedir para um queniano passar por elas a correr de braços abertos. Houve, também, lugar a várias piadas de mau gosto, de um certo português que não se conseguiu conter. Custa é perceber como é que, numa terra onde ninguém que não tenha um número de BI igual ao meu bebe menos de 50 litros de cerveja por noite, não há cerca nenhuma junto ao rio, principalmente, havendo passagens de apenas dois ou três metros de largura entre o meu condomínio e o rio. Também custa perceber que ninguém tenha filmado e posto no iutúbaro para eu poder lincar aqui... Tenho que dizer, no entanto, que duas semans depois eles taparam aquelas passagens e tão cedo não me vou poder gabar outra vez de encontrarem cadáveres à minha porta!
E faltam as romãs: houve um gajo qualquer que foi não sei onde e provou um sumo de romã. Quando voltou ao sítio de onde tinha ido abriu uma empresa de sumo de romã e agora tá rico. Isto é o que se chama uma história romãtica. (pago uma caixa de cerveja a quem conseguir construir um trocadilho tão mau como este)
E pronto.
sábado, setembro 29, 2007
Fast Forward para Leeds, West Yorkshire
Outras docas se revelam e, agora, estou em Leeds, a viver, e em Tadcaster, a fazer cerveja.
Para trás ficaram 3 semanas a viver em hotéis, uns melhores que outros.
O primeiro ficava em Manchester; ficava em Manchester como Óbidos fica em Lisboa, entenda-se! Era uma espécie de centro de congressos que até tinha campo de Rugby e vaquinhas a pastar no campo ao lado. Tinha ginásio, piscina, jacuzzi, tudo coisas que não foram utilizadas por falta de tempo. Tinha também acesso à internet por apenas 2.000.000.000.000 de libras por segundo. Escusado será dizer que, no pouco tempo livre que tive, não passei muito tempo online. Foi uma semana em que o pequeno almoço e o almoço eram buffet, o que convida à alarvidade e o jantar era a la carte, mas sempre com entradas e, o que também convida à alarvidade, buffet de sobremesas. O prato tinha tendencia para conter uma quantidade capaz de matar a fome a um elefante com ténia. E, claro, há que acrescentar o bar aberto todas as noites, para beber pints e pints de cerveja e cidra (tudo S&N, claro)
Na semana seguinte, o Holiday Inn Express, no centro de Edimburgo. Mais uma excelente oportunidade de não ver Edimburgo por todo o trabalho que tive. O hotel era mais ou menos, sendo de destacar o facto de ter duas camas no meu quarto não sei para quê e uma porta de comunicação com o quarto do lado. A Internet era mais barata que no anterior, bastando o orçamento do estado português dos próximos três anos para cobrir uma hora de ligação.
Estando menos fora de mão, tive oportunidade de conhecer a, no mínimo, interessante noite de Edimburgo. Para começar, um bar "australiano" chamado Walkabout. A principal característica era ter um chão, de tal maneira pegajoso, que me manteve entretido durante horas tentando descalçar-me com o simples gesto de levantar o pé. Para além disso, pude verificar que os brits saem em matilhas de género definido. Gajas com gajas e gajos com gajos, com um casal aqui e outro ali.
As moçoilas gastam quantidades verdadeiramente ecológicas de pano, bastando uns 50 centimetros de tecido enrolados à volta do toucinhesco corpo, saltos altos que dão bastante luta e algumas demãos de maquiagem na sua face de feições, digamos, alternativas. Junte-se a isto uma quantidade de perfume capaz de (me) fazer lacrimejar a menos de três metros e bora lá pá festa! Qualquer rapariga com esta fisionomia que saísse de casa assim em Portugal seria chamada de badalhoca pelo menos 15 vezes antes de passar a primeira esquina (o que, diria eu, é um problema de Portugal, não das moçoilas, mas adiante...) A imagem que, em geral, me vinha sempre à mente era a da Miss Piggy.
Os rapazitos têm a forma aproximada de um frigorífico americano, grunhem bastante e fazem passar pela goela quantidades de liquido de fazer inveja ao estreito de Gibraltar. É também de ter em conta que ocupam um volume superior ao do seu corpo, devido ao seu movimento aleatório em torno do seu centro de gravidade , o que torna extremamente perigoso o transporte de líquidos nas suas imediações.
Na última noite houve que voltar ao Walkabout, para tentar de novo o número de descalçar sem levantar o pé. Desta vez, no entanto, havia menos gente e o poder de atracção do chão estava consideravelmente reduzido. De destacar, no entanto, a presença de um tipo australiano, que trabalha na Ladbrokes (não faço ideia porque raio o facto de ele trabalhar vem ao caso, mas enfim). O rapaz tinha uma implicação Boratesca de pedir um high five a cada frase trocada, como exemplifico a seguir:
I'm from Australia! High five!
You're from Portugal! High five!
You're a Benfica Fan! High five!
Maddie disappeared in Portugal! High five!
I was just shot in the face! High five!
E assim por diante...
No resto da noite, de destacar a presença de vários escoceses (tinham kilt) a cantar karaoke, demonstrando que o que importa é gostar de cantar e o público não estar armado com Uzis.
No próximo episódio: Leeds, Tadcaster, crime e romance, perdão, romãs.