sexta-feira, setembro 29, 2006

Os 30 anos da Genentech

Há uma semana e meia, a minha empresa (minha, quer dizer...) festejou os seus 30 anos de existência. Foi uma pequena festarola de escritório, em que cerca de 13 mil pessoas viram actuar, num dos parques de estacionamento do campus, músicos que normalmente tocam em pequenas festas, como os Foo Fighters, Bob Dylan, Black Eyed Peas e The Eagles. A festa estava marcada havia meses, mas ninguém sabia quem iria tocar. Na última celebração do género, tocou um moço inglês chamado Elton John, portanto todos esperavam alguém de certo gabarito, um Tony Carreira porventura, quiçá uma Ana Malhoa. Especulou-se que seriam a Sheryl Crow e o John Mayer, falou-se de Madonna, arriscou-se Eric Clapton, esperou-se por Prince, ansiou-se por Dave Matthews (guess who...), houve até a expectativa do anúncio simultâneo de um tratamento para a morte desenvolvido na empresa culminando num espectáculo de Elvis Presley (também fui eu).
O espectáculo iniciou-se com um discurso do CEO da empresa, um tipo porreiro que até diz palavrões e se chama Art Levinson. O homem é tão insignificante que para além deste cargo também está nos conselhos directivos da Apple e da HP. E é dos meus, não usa fato por nada, apenas me desiludiu por vestir um para receber o Tony Blair. Depois do Art, veio o Herb Boyer, fundador sobrevivente da empresa (o outro, Swanson, morreu de cancro, ironicamente), que essencialmente iniciou a indústria biotecnológica com a tecnologia de DNA recombinante.
Mas depois do Herb, veio o vulto. E não falo do Dylan. Foi o Jim. Watson. Watson como em "Watson & Crick". O homem que esteve na base ou mesmo muito perto da base da maior revolução da segunda metade do séc. XX, a descrição da molécula de DNA. Foi bonito. Mas o homem era igual a tantos outros velhotes com chapéu de pescador. E o corpo dele não era em forma de hélice dupla. Bolas.
E assim se escreve mais um post com conversa de concertos (santa paciência!!!) e um bocado de conversa de cromo.

1 comentário:

DRei disse...

Sim, Senhor! Tiro-lhe o chapéu. isto de trabalhar numa empresa VIP é assim... Festa em grande!!